O Programa Oguntec realizou mais uma edição do “Rolezinho Tecnológico” dentro da Feira Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô), na última sexta-feira (09), com estudantes dos Colégios Oceano (Ilha de Itaparica) e Francisco Pereira Franco (Itinga).
O “Rolezinho Tecnológico” é uma das diversas ações desenvolvidas no Programa Oguntec que visam proporcionar a exploração de descobertas em centros de Ciência e Tecnologia para os jovens.
Além de fazer um passeio pelas vilas literárias, os estudantes ouviram dois bate-papos bastante inspiradores: “A poesia do slam entre jovens, no Largo Tereza Batista, com Amanda Julieta, NegaFyah, mediado por Samira Soares. E diálogo “Leituras em redes: ações integradoras entre comunidade e universidade”, na Casa de Jorge Amado, que teve as participações de Bruna Lessa, Palmira Heine, Ubiraci Carlúcio e mediação da física Katemari Rosa.
Imagens: Ascom Steve Biko
O passeio foi fundamental na aproximação com um espaço carregado de histórias como o Pelourinho que, muitas vezes, é distantes dos jovens que moram na periferia de Salvador, como reforça a estudante Flávia Alessandra, do Colégio Francisco Pereira Franco. “O Programa Oguntec tem me possibilitado a ir muito mais além do que a minha realidade. É como a fábula do tempo, que me ajuda a ver o mundo de uma forma diferente. Estar aqui na Flipelô é como estar em uma grande biblioteca, pois cada monumento é uma história diferente”, reforçou Flávia.
Flávia ficou encantada com as possibilidades encontradas no passeio na Flipelô. / Imagem: Ascom Steve Biko
Paula Beatriz Galvão, do Colégio Oceano, fala como a experiência do “Rolezinho Tecnológico”: “Eu amei o passeio, porque conhecemos diversas culturas, ouvi falar sobre a resistência negra, que de fato é importante para a sociedade. Ressalto ainda que com o Programa Oguntec estou abrindo novos horizontes e conhecendo coisas que eu nunca imaginei”, disse Paula.
Segundo Steve Biko, professor de Biologia e da disciplina Ciência Tecnologia e Sociedade (CTS), em parceria com a professora Jéssica Macedo, o objetivo do “Rolezinho Tecnológico” é permitir a integrar estudantes e sociedade. “A vinda dessas escolas é pra ter essa interação com a sociedade, com a tecnologia e com a ciência. Hoje, aqui no Flipelô, que está homenageando Raul Seixas, um dos símbolos são as borboletas, que passam a mensagem de metamorfose. Exatamente a importância do Oguntec para esses jovens, que seja a metamorfose, a transformação, através da educação”, desejou Steve Biko.
Também estiveram presente no “Rolezinho Tecnológico”, os coordenadores Cristina Santos (pedagógico); Paulo Mendes (tecnologias educacionais), Jéssica Macedo (professora de CTS), Luana Lopes (assistente do programa), as professoras Margareth Gonzales (Oceano Ilha), Anaíse Paim e Maihara Marques (Francisco Pereira Franco) e as monitoras Sara Anjos, Erica Silva e Marília Santana.
O Programa Oguntec promove um conjunto de ações de fomento à ciência, tecnologia e inovação direcionadas para jovens negros/as, por meio de parcerias estabelecidas com escolas públicas do Estado da Bahia. Atualmente, contempla 100 estudantes em 10 escolas parceiras nos municípios de Salvador, Camaçari, Cruz das Alma, Lauro de Freitas, Ilha de Vera Cruz e o Espaço Cultural de Salvador, Ori Aiê.
SOBRE A FLIPELÔ
A Fundação Casa de Jorge Amado realizou a FLIPELÔ – Festa Literária Internacional do Pelourinho celebrando a memória e o legado de um ícone do cenário cultural. O evento, que aconteceu de 7 a 11 de agosto de 2024, no Pelourinho, nesta edição homenageou Raul Seixas, ocupando espaços do Centro Histórico de Salvador, com acesso gratuito em toda a programação.
A FLIPELÔ tem como objetivos principais estimular a literatura, principalmente entre os jovens e preservar e valorizar a memória do escritor Jorge Amado, assim como a arte e a cultura da Bahia em todas as suas expressões. A FLIPELÔ, também, se revelou como um grande evento de incentivo para as editoras baianas, para a poesia e para novos escritores.
Destaca-se que a FLIPELÔ beneficia diretamente a comunidade contribuindo para o aquecimento do comércio, para o turismo e para todos as atividades produtivas do local e do seu entorno, devido à grande quantidade de pessoas que a cada edição visitam o Centro Histórico.