ICSB: Círculo de Cura Coletiva no Colégio Carlos Santana reflete sobre desumanização

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ICSB: Círculo de Cura Coletiva no Colégio Carlos  Santana reflete sobre desumanização

ICSB: Círculo de Cura Coletiva no Colégio Carlos Santana reflete sobre desumanização


O primeiro encontro do Círculo de Cura Coletiva, Justiça Social e Bem-Estar Global, promovido pelo Instituto Cultural Steve Biko e pela cientista social Mariana Gonçalves, que representante da UNESCO   aconteceu na última quinta-feira, 23, no Colégio Estadual Carlos Santana, no bairro Nordeste de Amaralina, em Salvador, com as participações da historiadora e professora do Steve Biko,  Gleissias Santos, da coordenadora do Programa Oguntec, Cristina Santos e da representante do projeto “Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar”, Nadjane Macedo.

O objetivo dos círculos é, que tem como máxima a promoção do diálogo intergeracional, é a partir da lógica restaurativa, possibilitar que os participantes se percebam e encontrem outros processos de crescimento individual.

Segundo Mariana, os Círculos "propõem uma reflexão profunda sobre a desumanização imposta pelo corrente sistema, além de dar espaço e tempo à elaboração de estratégias para a cura dos danos decorrentes dessa desumanização, os Círculos de Cura Coletiva possibilitam uma ampliação do entendimento do próprio propósito da tecnologia - como usá-la também em prol da construção de estruturas socioeconômicas mais justas”.

 

Imagem: Ascom Steve Biko

 

Camila Lima, 16 anos, uma das estudantes presentes no círculo, fala da importância desses momentos e de como a experiência lhe deu uma nova percepção de ver as oportunidades que a vida lhe apresenta: “Achei muito importante a questão de falar sobre a silenciação da história e de como isso mata nosso conhecimento sobre a nossa ancestralidade. Hoje, eu saio daqui entendendo que eu não posso ficar calada, mesmo sendo tímida, preciso me desenvolver mais, para falar mais e não permitir que as pessoas mais poderosas continuem me calando para que eu não possa chegar aonde eu espero chegar um dia: um lugar onde eu possa ter um bom emprego, que eu possa dar uma dignidade melhor para minha família, não que minha família não seja digna. E que eu possa ajudar meu bairro também, influenciar pessoas que estão vindo agora, crianças e até outros jovens, como eu, que não tem perspectiva de vida”, disse Camila, que quer cursar Administração para trabalhar e potencializar suas chances de conseguir seus objetivos.

A segunda rodada do Círculo de Cura Coletiva, Justiça Social e Bem-Estar Global, será no dia 29 de maio, no CEPAIA, na Rua do Paço, no Pelourinho. É importante reforçar que o diálogo é direcionado para estudantes do Colégio Estadual Carlos Santana e para a comunidade negra que participam de projetos e organizações sociais, ou pessoas (?) de qualquer idade.

 

 

                                                                              Imagens: Ascom Steve Biko

 



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