As mobilizações entre agentes da sociedade civil, educação e cultura em defesa da permanência do Centro do imóvel.
Na manhã desta segunda, 28, representantes da Biko marcam presença no apoio a frente ampla contra a expulsão do CEPAIA - Centro de Estudos dos Povos Afro-índio Americanos, do prédio da sua sede, imóvel cedido pelo IPAC – Instituto Artístico Cultural do Estado da Bahia, que fica localizado no Pelourinho.
No ato, os representantes dos centros de pesquisas, movimentos sociais, sindicatos, associações, pesquisadores e pesquisadoras dos centros, estudantes, pró-reitorias, além dos cidadãos da sociedade civil, enfatizaram os marcos e as questões político sociais em que o CEPAIA foi palco e peça essencial para acontecer a construção da multidisciplinaridade na contribuição para a educação do país.
"Esse espaço tem memória, não é preciso pensar muito no por que deveria continuar", assim, Silvio Humberto, Vereador de Salvador, destaca a relevância social da instituição e da ocupação do prédio pelo Centro de Estudos através do seu valor para a memória da população negra da cidade e do país.
Roger Ribeiro, Analista Universitário do CEPAIA, aponta que o centro de estudos é um bem da comunidade, que não deveria estar sendo expulso da sua sede pelo Ipac, sob a afirmação de descontinuidade das atividades. "O centro acolhe meninos do ensino fundamental até os adultos que vem defender o doutorado. Como esse centro pode ser chamado de inativo? Eu não acredito nisso!", afirma Roger.
Diante das inúmeras tentativas para entrar em contato com o IPac, mas sem retorno, o CEPAIA segue com duas frentes para a resolução do caso. Marcelo Pinto, Pró-reitor de ações afirmativas, informa que as tentativas de diálogo entre as instituições seguem sendo realizadas, mas que a “mobilização individual dos atores sociais é mais uma ferramenta efetiva para a ação.”